Wednesday, April 18, 2007

Qual é a natureza de uma acção? A essência de um ser vivo ou não vivo assenta sobre um princípio de acção inato, o qual confere a todos características particulares e distinguíveis de tudo o resto. Apenas a ilusão permite que por momentos nos enganemos a respeito da nossa realidade factual e imaginária e conceda a possibilidade de vislumbrar o estático e a monotonia, completamente credível à nossa lógica. Mas uma intransigente persistência no raciocínio da acção e rapidamente a verdade vem ao de cima. A explicação de tal matriz está sujeita a maior dificuldade e reticências nas afirmações, não pela sua essência se alicerçar sobre uma teia infinita de raciocínios lógicos e inteligência intuitiva, como por exemplo, uma estrutura atómica, mas também pelo facto da mente humana ter uma grande apetência de se fixar em objectos bem definidos aos olhos dos esquemas e mecanismos mentais, próprios de um ser incapacitado de viver para além de sua imaginação. A explicação pode ser obtida pela quebra de mecanismos catalizadores do processamento mental, impossíveis de transpor nas palavras racionalizadas no encadeamento de uma tentativa de obtenção do objecto. Parece-me obvio que nem a alma tem a capacidade de se abstrair da sua existência quanto mais algo tão próximo como a nuvem cerebral, pelo que me atrevo a dizer que será necessário conhecer primeiro a não existência de forma completamente intuitiva para conseguir perceber algo da existência tal qual o é.

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