Monday, October 13, 2008

vivencia

Viver por um motivo...pelo amor aos progenitores que com a nossa ausência sentiriam uma perca de morte do tamanho de uma vida (o mesmo que nós por eles)...pelo sentido social de uma continuidade de um projecto de vida...pelas diversas experiências e sensações que nos vão criando expectativas ou necessidades...pela procura. Procura que tem o cerne na necessidade, no anseio, na expectativa. Desregulado ou equilibrado, sempre senti a procura como algo mais forte que o resto das sensações...suscita-me a curiosidade da morte e por tudo o que não é conhecido e que gostava realmente de conhecer. Gostava de saber mais de mim, mais de tudo e para além de tudo o porquê. Pode ser uma simples estrutura mental que origina este anseio e no final não passo de um simples pedaço existencial que não significa nada num universo do qual não imagino a imensidão real. Importante ou não nesta existencia, sendo ou não resultado de um processo mental/fisico, continuo a acreditar na sua independencia e importancia para a minha, única, vivencia. Alimento a minha continuidade na cena social com os meus alicerces sobre este sentimento e é nele que tento compreender e desenvolver a minha vivencia, dia após dia. Até morrer ei-de continuar assim, esperando ou tentando alcançar respostas, que na realidade não existem. Viver na criação e imaginação da mente, refugiando-me na parte negra em dias menos bons e na zona clara em dias bons...brincando com o monotonismo do jogo mental, vivendo de uma forma sonambola como um boneco com pilhas que se mantem a fazer os mesmos gestos até acabarem as pilhas. A sensatez diz-me que o melhor deixar a vida correr e seguir o caminho normal (por muito que tenha mudanças radicais) de uma vivencia, e viver até naturalmente morrer...a curiosidade é um sentimento egoista quando se tem que assumir a responsabilidade de viver, por isso apesar de o respeito ser algo ilusório numa vivencia de imaginações deve-se assegurar a devida importância.

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